Como funciona a gestão por indicadores?

A gestão por indicadores é um modelo de administrar a produção ou execução de um serviço através da documentação do desempenho das etapas críticas para conseguir alcançar um objetivo.

Ao contrário do modelo de gestão que se baseia apenas no resultado final do processo, a gestão por indicadores permite encontrar onde há falhas e gargalos que podem impedir que objetivos sejam alcançados.

A gestão por indicadores é muito combatida em alguns modelos de negócio e por alguns gestores que costumam defender a unicidade de seus processos ou serviços, normalmente alguns departamentos comerciais se utilizam destes argumentos.

Quando se administra um serviço sem um padrão ou um processo de trabalho não se consegue atingir um padrão de qualidade e nem a uniformidade na prestação do serviço ou na produção de qualquer que seja o item, seria como ir a um fast food no almoço e comer um sanduíche no almoço e voltar no jantar e o mesmo sanduíche vir diferente.

Produzindo por processos de forma diferente ou prestando serviços sem conformidade não é possível calcular o seu custo nem seu esforço e isto complica mais ainda a gestão.

Assim seja qual for sua prestação de serviço ou produção, procure estabelecer um processo e os indicadores de performance e sua gestão será muito mais eficiente.

Mídias Sociais ou propaganda?

Tenho visto muito este tipo de comparação em alguns comentários e duvidas de gestores.

O que precisamos entender é que não são opções excludentes, na verdade devem ser ações que podem ser complementares. Por que na verdade são ferramentas para divulgar produtos e marcas para conquistar e fidelizar clientes.

A grande diferença está no fato de que a divulgação nas mídias sociais permite as ações chamadas de inbound onde através da divulgação de conteúdo relevante o cliente procura nossa marca ou produto; e as campanhas de divulgação e propaganda tradicionais nos adaptadas aos formatos digitais.

Assim o que deve determinar a forma mais adequada de conquistar mais clientes não é se o investimento será feito em mídias sociais ou tradicionais, mas sim qual será o melhor meio para divulgar sua marca e seu produto.

Parece lógico mas muitas pessoas não sabem que ainda há muitas áreas de sombra na cobertura da internet no país, bandas com velocidade baixa e cobertura menor, assim dependendo do seu produto e do seu mercado é importante que sua campanha esteja nos meios e veículos certos.

Ou então você pode tirar sua verba de divulgação da coluna de investimento e lançar apenas como despesa, por que não vai te trazer resultados.

Restaurante é um negócio diferente

As vezes conversando com empreendedores e pessoas que dizem querer abrir ou comprar um restaurante percebo que não entendem um detalhe muito importante neste negócio.

Um restaurante é uma empresa que atua na produção e na comercialização de seus produtos com uma interação muito grande com o consumidor, e isso na realidade é uma grande dificuldade, conseguir satisfazer o cliente em relação ao produto e o serviço.

Se você quer ter um restaurante, mas não quer ter serviço, agora além das refeições para empresas e catering, existe a possibilidade de trabalhar apenas na produção para delivery ou na produção de cardápios de pratos congelados.

As mudanças no comportamento do consumidor e da sociedade permitem este tipo de negócio, e para alguns profissionais pode ser um caminho a ser considerado.

As possibilidades devem ser analisadas e trabalhadas de acordo com a possibilidade e a crença do empreendedor, o que não mudou é a necessidade de controlar os custos de forma eficiente.

Por que não consigo criar valor para o cliente na minha proposta?

Quando o profissional de vendas não se interconecta com o cliente normalmente não irá conseguir, a não ser por muita sorte, criar valor em qualquer proposta para o consumidor.

E a razão disto é simples, não existe uma maneira que permita ao vendedor desvendar as verdadeiras motivações de compra do cliente sem que antes ele consiga se interconectar com o cliente.

E quando não se entende as verdadeiras motivações de compra não conseguimos apresentar os benefícios que o cliente irá valorizar.

Dizem que compramos a maioria dos produtos e serviços por apenas 20% das suas características, assim para conseguirmos criar valor aos olhos dos clientes precisamos entender quais são os 20% que ele valoriza e qual o valor que ele enxerga nestas características.

Quando entendemos que compra é uma auto premiação, começamos a perceber que precisamos proporciona uma experiência prazerosa ao consumidor, valorizando sua necessidade e suas opiniões, e assim vamos conseguir a interconexão com o cliente e assim passaremos a ter mais sucesso em atendimentos e clientes mais satisfeitos.

Quais são os pilares da construção de uma equipe de alta performance e por onde começar

Primeiro precisamos entender qual a grande diferença da equipe de alta performance?

Ela atinge e até supera os objetivos de volume e margem, comete menos erros e quase não cria problemas para o seu gestor, trabalha em conjunto e cria um ambiente agradável de trabalho.

Esse é o sonho da maioria dos gestores, mas como se constrói uma equipe de alta performance?

Criando um ambiente próprio que se baseia em 7 pilares básicos

1. Liderança

2. Comprometimento

3. Respeito, igualdade e justiça

4. transparência com definição de responsabilidades

5. Treinamento

6. Gestão

7. Comunicação

O primeiro pilar é fundação desta construção, que é a liderança desta equipe que deve ser forte, pois o líder deve ser o gestor, o modelo técnico da equipe, a pessoa em quem eles devem se espelhar e a quem eles devem imitar os hábitos, e é por esta razão que o inicio da estruturação de uma equipe de alta performance começa pela mudança de hábitos e atitudes do gestor.

Hoje é muito importante que as atitudes do gestor estejam alinhadas com seu discurso, ou seja, se você quer que sua equipe mude, a mudança começa em você!

O seu comprometimento com os objetivos não pode ser menor que o da equipe, e isto tem que ser perceptível, você manda eles assistirem ao treinamento, mas você também precisa fazer o mesmo, se você julga que o conteúdo de um treinamento não é importante para merecer sua atenção, sua equipe vai pensar da mesma forma.

E para finalizar o início da criação da equipe de alta performance você precisa definir claramente o que você espera da sua equipe, explicar os comportamentos, atitudes e condutas esperadas, e em determinados momentos vai ter que ser juiz e júri, e tratar a todos com igualdade, justiça e respeito, criando assim um ambiente propicio ao desenvolvimento de uma equipe com uma performance diferenciada.

Autismo em vendas

O comportamento de alguns vendedores me faz acreditar que alguns estão se tornando autistas, por causa de seu comportamento e esforços para atender o cliente e vender.

As pesquisas satisfação mostram que mais de 80% dos clientes estão insatisfeitos com a forma com que os produtos são apresentados ao cliente, ou seja não está havendo interesse em se conectar com o cliente, como a inabilidade para agir socialmente no autismo.

A forma como o atendimento é conduzido com muitas pessoas se expressando através de gírias e jargões reforça a dificuldade no domínio da linguagem.

E mesmo com uma baixa taxa de sucesso notamos que existe uma grande resistência a novos modelos e processos de atendimento que é o equivalente ao comportamento restritivo e repetitivo.

Se você quer melhores resultados precisa aprender a entender o seu cliente e a se conectar com ele, para poder assim conduzi-lo e influencia-lo a comprar o que você está vendendo, mas se você for um vendedor autista sua chance de vendas é de menor do que 1 em 10, ou seja se você fizer menos do que 10 atendimentos diários, existe uma grande chance de você gastar todo seu tempo sem obter resultados.

Por que os consultores técnicos têm dificuldade de fazer vendas adicionais em concessionárias de veículos?

O enxugamento do quadro de funcionários e o modelo de rotina existente, além do perfil deste profissional levam a uma dificuldade de aproveitamento de oportunidades para as vendas adicionais.

Vendas adicionais dependem de eficiência na solução dos problemas inicialmente apontados pelo consumidor e a disponibilidade para aproveitar as oportunidades que surgirem no processo.

O perfil técnico do profissional faz com que ele acredite que não têm a habilidade de aproveitar as oportunidades de vendas que aparecem durante o relacionamento com o cliente enquanto o seu veiculo está sendo preparado.

Mas analisando o relacionamento do consumidor com o consultor técnico de forma mais atenta percebemos a base de confiança que permitiria o aproveitamento das oportunidades para as vendas adicionais desde que haja eficácia da equipe na solução dos problemas básicos e na existência de tempo necessário para execução dos adicionais dentro de uma programação negociada com o cliente.

O pós vendas das concessionárias são áreas de negócios com grandes oportunidades a serem exploradas, com ajustes para aumentar a eficiência e permitir aos consultores técnicos mais tempo para negociação e contato com o cliente temos um grande caminho para vendas adicionais e uma maior satisfação do consumidor.

por Marco Sampaio

Fundador da Cayman consultoria, uma empresa que desenvolve soluções em consultoria, treinamento e experiência do consumidor para conduzir seus clientes a melhores resultados. Foi gerente de Atendimento e planejamento e algumas agências de propaganda e implantou o marketing no grupo Barbacoa e depois trabalhou em algumas redes de franquias.

Desenvolveu treinamentos para gestão e vendas de diversas montadoras de veículos e fá fez mais de 20k analises de visitas, ligações e contatos de cliente oculto, fez palestras em diversas empresas e universidades, e já ajudou empresas de diversos segmentos a alcançarem melhores resultados com soluções criativas e originais.

Resultado em vendas depende do foco no ponto certo

As inovações impactam na sociedade provocando mudanças nos hábitos e valores desse que o fogo foi inventado. O tempo entre cada mudança vem diminuindo rapidamente, entretanto a capacidade de se adaptar ao novo cenário não ocorre no mesmo ritmo.

Essas inovações e mudanças podem de uma hora para outra acabar com um segmento de negócio, uma profissão ou uma cadeia produtiva inteira, por isso temos que estar sempre atentos às mudanças e os impactos que trazem ao nosso negócio e nossa utilidade produtiva à sociedade.

Mas este é um artigo sobre vendas não? Sim, mas esta introdução é para provocar uma reflexão, por que se a sociedade mudou, seus valores mudaram, suas necessidades mudaram, então por que eu ainda encontro mercados onde vendedores e gestores têm o mesmo discurso a quase 30 anos?

Temos que entender que estas mudanças impactam diretamente na forma como as pessoas se relacionam e seus valores, e isso impacta diretamente a atividade de vendas e conforme o valor do bem, produto ou serviço o resultado das mudanças é nitidamente mais perceptível.

Assim quando eu falo que hoje o importante é ter vendedores pitbull eu estou colocando o foco no negócio, na insistência e dizendo que o comprador vai ser convencido por esta atitude, mas isso se funcionar vai ter o efeito pequeno e com pequenas margens comerciais dependendo do mercado.

Por outro lado se eu cobrar da minha equipe processo, que ela conduza a todas as relações com os clientes da mesma forma, eu vou novamente olhar para o processo e isso pode funcionar com uma parte dos clientes e seus resultados comerciais devem ser melhores que uma equipe que é só pitbull.

Há também aqueles que acreditam que hoje o que vende é preço, que não adianta argumentar que as vendas só ocorrem quando a oferta comercial é a mais baixa, se eu passar a acreditar nisso acabei de tornar a profissão de vendas inútil.

Mas acredito que o segredo do sucesso das vendas neste novo mercado do século XXI é focarmos a necessidade do cliente e trabalharmos com uma construção de 360º, entendendo e analisando a compra para podermos induzir o cliente a uma compra. Este modelo de trabalho aumenta as margens comerciais e a taxa de sucesso pois valoriza o trabalho de vendas na medida que o vendedor passa a ter o controle do processo com a aquisição de conhecimento que o permita conduzir o comprador de forma segura e eficiente elevando a satisfação da experiência de compra e a fidelização.

Vendas 360º

Muitas das noções, comentários e estudos sobre compras tratam e avaliam o processo por um ponto de vista acadêmico como a evolução do processo em relação ao tempo, atividades de vendas em relação ao tempo, necessidade em relação à proposta comercial, e assim por diante. Quando falamos que estas avaliações e estudos precisam ser trabalhadas de outra forma, levando em conta o consumidor, a proposta comercial e o ambiente (social e econômico) escutamos sempre que tudo é levado em consideração, mas quando olhamos para o treinamento que é dado para a área comercial só presenciamos (na quase totalidade das vezes) uma apresentação de rotinas baseadas nestes modelos de analises.

Se nas décadas passadas se tornar um vendedor era um trabalho para profissionais que não se qualificavam, mas tinham a possibilidade de tirar proveito da “esperteza e malandragem”, hoje a profissão é disputada e precisa de profissionais comprometidos para se destacarem e conseguirem os resultados necessários.

Ler o parágrafo anterior pode parecer uma crítica, mas é apenas uma constatação, por que o profissional hoje para se destacar como vendedor precisa praticar a venda 360º, ou seja, colocar o foco no cliente e construir o processo até fechar o anel da venda.

A construção do anel da venda leva em conta o cliente, suas necessidades (sob a perspectiva do cliente), suas alternativas, o meio em que ele vive e o influencia, o mercado, o produto e a proposta comercial adequada.

Vendas fechadas com uma construção mal feita normalmente tem problemas de margem ou as vezes de clientes que querem desistir da compra.

O gestor que trabalha com o processo de vendas 360º investe seu tempo em estratégias comerciais e planejamento e não o gasta consertando vendas mal construídas.

A venda 360º é o processo necessário para a efetivação e manutenção de alguns modelos de negócio onde a presença do vendedor ainda é necessária, seja qual for o nome que decidamos dar ao processo.

Avaliação do desempenho de vendas – KPIs

Resolvi escrever sobre este assunto pode que muitas das reuniões que participei noto que a maioria dos gestores de vendas só faz a mensuração do desempenho do departamento pelo volume de vendas e quando questionamos a analise, entram na defensiva. Muitos usam inclusive os mesmos argumentos de vendedores, discutem as exceções, que cada venda é única e que não podemos generalizar nem transformar em números.

Mas a grande verdade é que de 80 a 90% das vendas e dos contatos de clientes são parecidos, alguns inclusive na forma, mas com certeza a quase totalidade em conteúdo.

Assim resolvi apresentar algumas opções à tradicional contagem de notas fiscais ou itens nas suas descrições e comentar um pouco sobre a utilidade do indicador.

Se eu consigo mensurar quantos contatos telefônicos recebi e quantos clientes vieram à loja espontaneamente sem um primeiro contato e quantos vieram à loja depois de um contato telefônico, começo a ter importantes informações.

Clientes que vieram à loja espontaneamente + clientes que ligaram para a loja = demanda total

Clientes que vieram à loja depois de 1 ligação divididos pelo total de ligações = eficiência da equipe de vendas ao telefone

Total de vendas dividido pelo total de atendimentos presenciais = taxa de sucesso ou conversão

Total de descontos dividido pelo total de vendas = desconto médio

Total de vendas em valor dividido pelo total de vendas unidades = ticket médio

Enfim estes são alguns dos indicadores, dependendo do seu negócio e dos produtos que você comercializa, pode criar uma porção de indicadores específicos.

Mas estes indicadores podem também (se forem calculados para cada vendedor) mostrar o desempenho individual da equipe e as vezes temos surpresas muito interessantes.

Em algumas lojas onde acompanhei a gestão da equipe por indicadores, verificamos que nem sempre o vendedor com o menor volume total de vendas é ruim. Já vi situações em que era o vendedor com a maior taxa de sucesso ou com a melhor lucratividade (menor desconto).

Já encontramos vendedores que não gostam de atender clientes no telefone e vivem do trabalho dos outros vendedores ao telefone, e diversas outras situações.

Mas a partir do momento em que começamos a medir a analisar os números de forma mais pragmática começamos a ter condições de avaliar o desempenho dos investimentos em comunicação, a sazonalidade do negócio e uma série de informações que permitem que o gestor assuma o controle do negócio podendo avaliar a equipe, o desempenho individual, o processo e investimentos em propaganda e treinamento.