Administrar os benefícios concedidos aos clientes

Esta é uma prática que é feita de forma cada vez mais amadora pelas empresas que comercializam seus produtos diretamente ao consumidor.

Viajando pelo país constatamos facilmente que apenas uma minoria tem consciência e realiza alguma forma do CRM – Customer Relationship Management – Administração do relacionamento com o consumidor e isto tem um impacto direto em toda a cadeia de preços e o relacionamento entre a empresa e o consumidor.

Desde os produtos de mais alto valor, como imóveis e automóveis os benefícios, via de regra, são conseguidos benefícios pelos clientes que “gritam”, os clientes que compram sem questionar e muitas vezes de maneira repetida ganham cada vez menos benefícios e descontos.

Grande parte da culpa disto está no sistema de gerenciamento que trabalha com quadros extremamente reduzidos, impedindo um acompanhamento mais próximo do trabalho das equipes de vendas pelos seus gestores.

Este distanciamento faz com que todo o investimento de captação de clientes feito seja a fundo perdido, pois o cliente, quando bem atendido, passa a ter uma ligação com o vendedor e nenhuma com a empresa.

O custo desta prática para a empresa, num primeiro momento, é mais interessante, pois há uma economia nos gastos em pessoal, mas a médio e longo prazo isto demonstra uma prática pouco inteligente por que a empresa está sacrificando seu maior e mais importante ativo, sua carteira de clientes.

Esta prática ainda sacrifica as margens comerciais e mascara um outro grande problema, a falta de preparo dos gestores que na grande maioria dos casos não sabe qual o seu papel e acaba confundindo sua função e a desempenha de maneira inadequada. O que num país com uma memória coronelista acaba gerando diversos problemas com funcionários devido a maus tratos com a equipe.

Desta forma precisamos passar a explicar aos gestores de nossas equipes o que realmente esperamos deles, quais são suas funções básicas, como seu trabalho será avaliado, sua autonomia, suas metas e seus objetivos, delimitando assim seu trabalho e a forma como ele será desenvolvido.

Veja mais em www.caymanconsultoria.com.br

Atendimento e atendentes no EUA

 

Acabo de chegar dos Estados Unidos depois de quase um mês, e passei por diversas cidades, New Orleans, Dallas, Houston e Los Angeles, onde fui a diversos restaurantes, nos hotéis, shoppings, aeroportos ou mesmo lojas de ruas; locais freqüentados por turistas locais, estrangeiros e por moradores locais. Voltei com a impressão de que sem os latinos, indianos e imigrantes do Irã, Iraque e etc. aquele país entra em colapso.

Se arriscarmos um palpite, eu diria que 90% dos garçons e garçonetes que trabalham nos Estados Unidos são mexicanos e nisso encontramos uma situação interessante, conversando com um colega mexicano que veio para uma reunião que participamos juntos, me disse que grande parte dos mexicanos gostaria de ser como os americanos e morar na América, mas na verdade odeiam os americanos.

O que se percebe é que a qualidade do atendimento caiu muito, antes quando um atendente americano cometia algum engano procurava logo compensar o cliente pelo seu incomodo e oferecia benefícios ou serviços adicionais, agora os mexicanos procuram ocultar quaisquer enganos com medo de perderem seus empregos.

O que me fez pensar, isso é comum a grande parte dos seres humanos, esconderem ou minimizarem seus erros ou enganos; e isto pode estar acontecendo em qualquer estabelecimento, restaurante, bar ou loja comercial com atendimento ao consumidor.

Alguns dos restaurantes, principalmente as grandes cadeias procuram ter uma ferramenta de pesquisa de satisfação do consumidor para poderem estar atentas ao que está acontecendo e isto é uma grande ferramenta de trabalho, mas não é a solução para os problemas.

Como disse o vice-presidente de uma grande consultoria americana, “Um software ou um sistema não substitui o treinamento, assim como o treinamento não substitui o gerenciamento.” E esta frase que aparentemente é lógica e simples é desafiada por muitos proprietários de empresas e gerentes que investem em sistemas ou em treinamento na esperança de economizar em gerenciamento ou treinamento.

E isto me levou a uma reflexão, será que não estamos fazendo a mesma coisa e descuidando dos serviços acreditando no que nossos funcionários nos falam?

A pesquisa de controle de qualidade é uma ferramenta para sabermos se não estamos nos perdendo neste mesmo  engano.

Mas nesta viagem também vi uma novidade (pelo menos para mim), uma lanchonete cujas garçonetes tinham todas mais de 50 anos com certeza. O atendimento prestado por estas funcionárias além de mais eficientes era mais simpático e deixam o ambiente com um charme caseiro.

Veja mais em www.caymanconsultoria.com.br

Discussão na fila de espera

Estava na sala de embarque de um aeroporto aguardando meu vôo quando um passageiro rompeu o saguão vociferando até chegar à frente à atendente da companhia aérea e então começou a derramar sobre a indefesa toda sua ira, alegando que o atraso ia lhe causar um enorme prejuízo financeiro.

 

A atendente que recebeu toda a descarga de ira nada podia fazer, nem tampouco tinha culpa da situação (o vôo estava atrasado pelo mau tempo), mas naquele momento era a representante da empresa e para aquela pessoa, a culpada pelo seu transtorno.

 

Isso me fez pensar: Será que já estamos preparados para conviver e utilizar todas as facilidades modernas para sermos mais felizes? Será que com todo o conhecimento nos tornamos pessoas melhores hoje do que nos tempos dos nossos avôs?

 

E isto me levou a uma outra reflexão, esta profissional: Será que o consumidor tem realmente consciência de seus direitos ou será que age como uma criança mimada que grita ao menor sinal de contrariedade?

 

A forma como a empresa responde a estas perguntas determina a forma como ela e seus colaboradores vão atuar frente a reclamações de seus clientes. E neste momento temos que lembrar que a satisfação do cliente é igual à relação entre a expectativa do consumidor quando ele chegou à loja ou departamento e a qualidade percebida do produto ou serviço recebido.

 

E qual é a resposta certa a estas questões?

 

Depende da opção estratégia de cada empresa – uma empresa cujo foco estratégico é a satisfação do consumidor precisa trabalhar para evitar estas situações e treinar seus funcionários para agirem quando acontecer o inevitável de modo a minimizar os inconvenientes.

 

Esta opção precisa ser feita?

 

Sim, por que ao contrario do que muitas pessoas pensam, para podermos atingir um padrão de qualidade em atendimento precisamos investir em treinamento e capacitação profissional dos colaboradores, alem de concedermos a autonomia para agirem nas situações adversas.

 

No setor de serviços é muito comum vermos a contratação de profissionais ser feita com o intuito de economizarmos no investimento em treinamento, o que com o passar do tempo se mostra um grande equivoco, pois este profissional que chega de uma outra empresa traz a filosofia e a forma de agir de acordo com a estratégia e as possibilidades da outra empresa o que muitas vezes é totalmente diferente da realidade onde este profissional vai atuar.

 

Desta forma é muito importante que quando o empreendedor iniciar um novo negócio invista um tempo pensando e planejando sua estratégia e como seus clientes serão tratados para poder transmitir estas informações a seus colaboradores e fazer com que seu negócio tenha uma personalidade própria.

Veja mais em www.caymanconsultoria.com.br

Treinamento & Atitude

Como consultor viajo e visito diversas empresas em todos os cantos do nosso país, e cada vez mais vejo que precisamos trabalhar melhor, nos tornarmos mais eficientes e assertivos para podermos nos tornar mais competitivos.

Ao comentar com as pessoas esta nossa realidade, todos concordam de imediato, mas o que a grande maioria sempre foca é no chamado funcionário de chão de fábrica, nos profissionais que realizam o trabalho mais operacional e ignoram que nossas primeiras e médias gerências também precisam de treinamento.

Por exemplo, na área comercial normalmente o que encontramos são vendedores que foram promovidos a supervisores e gerentes, e que realmente acreditam que o que se espera deles nestes novos postos é que sejam vendedores que preenchem alguns relatórios e com outros trabalhos burocráticos.

Mas quando questionamos estes profissionais sobre controles, acompanhamentos e treinamentos, a grande maioria fala que têm o controle da equipe toda na memória e faz estes trabalhos individuais quando percebem alguma deficiência em algum membro da equipe.

Na área comercial, o que realmente acontece é que vendedores não gostam de rotina, nem de burocracias e sua autoconfiança beira a arrogância, assim quando são promovidos a supervisores não podem mostrar fraqueza a seus antigos pares, o que lhes impede de perguntarem a seus chefes quais serão suas novas atribuições e o que se espera deles.

Como grande parte dos gerentes também tem a mesma atitude e foram promovidos do posto de supervisor da mesma forma, também não sabem como cobrar seus supervisores e seu relacionamento com diretores e proprietários segue da mesma forma.

O dono de uma empresa contrata um diretor para resolver os problemas da sua empresa e não pergunta se ele foi treinado, pois normalmente acredita que este profissional cresceu por seus méritos e resultados aprendendo as diferentes funções de sua carreira, mas isso nem sempre é verdade.

E isso parece um circulo vicioso, mas grande parte desta culpa pode ser creditada ao fato de que grande parte das empresas não acreditam, nem investem em treinamento e procuram no mercado profissionais “prontos” que já receberam treinamento em outras empresas que podem “gastar”dinheiro em treinamentos.

Desta forma o mercado para empresas de consultoria acaba crescendo diariamente por conta desta política que pode ser constatada na grande maioria das empresas. Em uma ocasião já presenciei um proprietário que reclamava do desempenho de uma funcionária, de seu trabalho, da forma como as situações eram conduzidas e como a crise entre eles estava acintosa fui conversar com a tal funcionária. Qual não foi minha surpresa ao constatar que ela havia assumido um departamento onde havia trabalhado como assistente por 6 meses e com a saída da gerente ela recebeu as responsabilidades da gerência, sem os benefícios nem a preparação adequada para tanto.

E a concorrência no mercado de trabalho incentiva cada vez mais esta prática pelas empresas, pois os colaboradores acabam investindo em seu crescimento profissional com cursos, workshops e seminários e as empresas acabam acostumando com a idéia que o próprio funcionário deve investir no seu crescimento.

Mas o treinamento e o desenvolvimento dos colaboradores deveriam ser proporcionados pelas empresas, que me muitos casos alegam não investem em treinamento com medo de que um concorrente venha “roubar” este talento lapidado oferecendo um salário maior. Por que então eles não oferecem um aumento a este profissional que já estão investindo no seu treinamento.

O que estas empresas não enxergam é que com funcionários melhores as chances de crescimento da empresa são maiores e as despesas podem ser reduzidas com mais qualidade e menos retrabalho.

Mas não adianta apenas que a empresa faça investimentos no desenvolvimento dos seus profissionais, também existe o problema da atitude dos profissionais e este é outro grande problema que enfrentamos no nosso país. A grande maioria dos colaboradores não tem engajamento nem comprometimento com seu trabalho.

Prova disto é que a grande maioria dos registros no Orkut é de brasileiros e a utilização do MSN pelos brasileiros também é desproporcional em relação à quantidade de computadores nos lares.

Outra reclamação grande por parte dos colaboradores é que seus gestores não sabem motivar suas equipes, mas além da parte da motivação que é responsabilidade da empresa, e a atitude pessoal? O que realmente eu vejo são colaboradores que passam suas vidas em empresas procurando por atalhos e formas de ficarem cada vez mais livres sem responsabilidade com tempo para arrumarem desculpas e se queixarem.

A solução para isso que reflete diretamente nos custos das empresas e na nossa vida diária é que as empresas passem a investir em gestão de pessoas e retenção de talentos com inteligência, cuidando do desenvolvimento dos seus colaboradores e selecionando colaboradores com uma atitude melhor. Já por parte dos colaboradores precisamos que haja uma grande mudança em sua atitude, pois mesmo quando em treinamento eles não aproveitam as oportunidades.

 

Veja mais em www.caymanconsultoria.com.br

Tropicalização

Muito se fala sobre a adaptação de produtos e serviços para venda em diferentes mercados, e muito se questiona a respeito desta matéria, a acredito que o que deveria se questionar é o bom senso das pessoas que realmente decidem se este produto ou serviço será adaptado.

 

Mas afinal é realmente é necessária esta adaptação? Esta deveria ser a pergunta a ser feita pela maioria dos profissionais envolvidos no processo, mas o medo do insucesso e da responsabilidade sobre a matéria leva a diversas adaptações que poderiam ser evitadas, economizando assim recursos e energia.

 

Grande parte dos executivos que implantam operações o desenvolvem novos mercados ficam famosos por realizarem “as adaptações necessárias para o sucesso” e acabam se tornando celebridades, mas será que a maioria dos produtos e serviços adaptados realmente não alcançariam o sucesso sem o toque destas pessoas?

 

Durante estes mais de 20 anos de mercado tenho visto diversas situações onde executivos fazem as adaptações para o mercado local para satisfazerem seu ego, essa mania brasileira de dar um toque pessoal no que deveria seguir um padrão mundial.

 

Numa grande franquia internacional convivi pessoalmente com esta dificuldade de entendimento, pois as pessoas não entendem que esse “toque pessoal que vai melhorar esta coisa” não é o que o consumidor quer.

 

Para maioria das pessoas, principalmente as mais simples, com menor escolaridade, este toque que agrada seu gosto pessoal vai fazer a diferença para agradar a mais clientes, e eles fazem isso realmente com a ideia de melhorar, então da próxima vez que você for alterar ou tropicalizar algum bem ou serviço, pense bem antes de fazer.

 

Veja mais em www.caymanconsultoria.com.br

CRM não é uma ferramenta!

Ontem eu estava cortando o cabelo com um rapaz no salão aonde eu vou de vez em quando e enquanto ele lavava meu cabelo começou a me oferecer produtos que ele representa um suco americano (sem Merchant) e produtos para o cabelo.

 

Ele explicou todos os produtos com muito cuidado e detalhes, de maneira a apresentar-me os benefícios e induzir-me a compra, e confesso que com muita competência. Após escutar a todo o discurso, aguardei um pouco e fomos para a cadeira onde ele cortou meu cabelo e eu tentava ler um artigo que um amigo me mandou, mas ele continuou a tentar me vender seus produtos, fechei meu artigo e cutuquei – Você está tão empenhado na venda destes produtos, é você mesmo que comercializa? e ele me respondeu, meio sem jeito – Sim, o Sr. me desculpe, mas o Sr. sabe como é, a gente sempre precisa de um dinheiro extra, aqui têm dia que trabalha e outro não.

 

Então após escutar sua explicação, não conformado com o que eu havia escutado, continuei questionando se ele não tinha uma boa clientela, e se as clientes que vinham tingir o cabelo não davam mais dinheiro e fui imediatamente corrigido, “as clientes que fazem química” são mais rentáveis pelo tempo de trabalho, mas o problema é que, após feita a química (que dura cerca de 2 meses) a cliente procura marcar com o profissional e se ele não tiver horário ela imediatamente liga para outro (todas as mulheres parecem ter 2 cabeleireiros).

 

Foi quando eu perguntei por que a invés de esperar que seus clientes ligassem, mantendo esta postura passiva ele não mudava a rotina do jogo e partia para o ataque para vencer uma situação e inclusive tirar proveito desta característica do mercado. A resposta que recebi me deixou ainda mais intrigado, pois ele me disse que nunca havia pensado nisso, que o mercado todo trabalha desta maneira e que para os donos dos salões não faz diferença pois como seu retorno é sobre todos os profissionais, se um deles não está tendo um rendimento ideal, não é um problema para ele (dono).

 

Desta forma traçamos uma forma caseira de gerenciamento do relacionamento com os clientes, administrando a carteira de modo a que este profissional criasse e aproveitasse as melhores oportunidades para ele, criando uma agenda com os contatos (e-mail/telefone) de cada cliente que ele atendesse e marcasse o tipo de serviço prestado e mais informações para poder conversar com este cliente. Desta forma através das informações coletadas neste banco de dados caseiro ele poderia entrar em contato com os clientes antes do prazo necessário para refação dos serviços e assim conseguiria gerir melhor seus clientes nas datas que melhor lhe conviessem.

 

Logo após meu corte o rapaz apareceu com uma agenda e começou este trabalho, mas é importante que ele seja disciplinado, pois CRM ou o gerenciamento do relacionamento com os consumidores não é uma ferramenta, não é um programa de computador, nem uma ação de marketing, é uma filosofia de trabalho que têm que ser incorporada na rotina de cada um de nós, e no caso deste rapaz, daqui a 45 dias eu vou verificar se ele entendeu o significado deste tipo de trabalho ou se foi apenas um insight perdido pela indisciplina do ser humano.

 

Caso ele mantenha esta disciplina deve conseguir trabalhar de forma diferente sua agenda e se adiantar às necessidades dos clientes, como a maioria das empresas deveria agir, antecipando a necessidade do cliente e procurando utilizá-la a seu favor para poder trabalhar melhor uma situação e assim conseguir melhores margens comerciais e condições especiais.

 

Esta filosofia de trabalho pode ser empregue em pequenos comércios e na maioria das empresas, mas precisa de foco e adaptações, pois produtos que são comprados parcelados oferecem a possibilidade de que a empresa trabalhe inclusive com informações que lhe permitem se antecipar inclusive à escolha de uma substituição ou de uma nova compra.

Veja mais em www.caymanconsultoria.com.br

O suicídio do elefante

Fui acompanhar minha esposa que levou seu carro para realizar um pequeno reparo no pára-choques traseiro e ela me disse que tinha que agendar para levar o carro para realizar o serviço, achei que era uma real evolução da prestação de serviço de pós venda de automóveis, ainda mais quando tínhamos tido diversos problemas na compra do veículo com relação aos serviços dos profissionais desta rede.

 

O veículo ia ficar na oficina para realização do serviço por 3 dias após a vistoria da companhia de seguro, achamos muito, mas concordamos, então pedimos para aproveitar e trocar o pára-brisa dianteiro (serviço a ser executado em garantia) uma vez que o veículo ficaria em poder da empresa por quase uma semana.

 

Nesta hora veio nossa surpresa, fomos informados que isto não seria possível, que deveríamos agendar outro dia, deixarmos o veículo de um dia para o outro para ser vistoriado pela equipe de garantia para que então fosse pedida a peça e então seria marcado outro dia para que a peça fosse instalada.

 

Tentamos argumentar que isto não era lógico, que o veículo já ia ficar com eles por dias para realizar um serviço na traseira e não entendíamos qual a dificuldade, pois o vidro era dianteiro e fomos informados que este era o procedimento padrão da empresa.

 

Minha esposa brigou, esperneou, chorou, mas de nada adiantou, o funcionário chegou a concordar que o procedimento era ilógico, mas ele disse que não podia fazer nada a respeito e que teríamos que fazer daquela maneira.

 

Saindo da loja ainda li uma frase de ordem que dizia “Uma excelente assistência é a garantia de nossas vendas.”, então eu pensei, a pessoa que fez a organização dos padrões de atendimento fez um grande trabalho por que o pessoal está bem treinado e segue à risca os procedimentos estipulados, acredito apenas que a pessoa que fez a pesquisa para entender o funcionamento e o relacionamento com os clientes das centrais de oficina pós venda das redes de concessionárias esqueceu um pequeno detalhe, um dos procedimentos mais comuns neste tipo de prestação de serviço é o chamado “já que”, já que meu carro vai ficar com vocês tanto tempo e vocês cobram tão mais caro que qualquer funilaria vocês podem consertar também o……

 

Este é o Brasil, um país onde a população tem uma relação com carros que é diferente do mundo inteiro, ainda hoje eu passei perto de uma favela e vi um morador que têm um carro médio, do modelo mais completo, zero quilometro, mas mora que prefere morar na favela.

 

Então vi que ainda temos muito a melhorar neste país, em alguns setores e para alguns tipos de serviços estamos na dianteira, na vanguarda, mas em outros ainda estamos engatinhando e precisamos melhorar muito ainda.

 

A frustração de minha esposa com esta marca é tamanha que a todos ela fala que o carro é maravilhoso, mas que ela nunca compraria outro só para não ter que cair na rede de concessionárias desta marca novamente.

Perguntando sobre a reputação desta marca a alguns amigos sempre escuto alguma história parecida, e novamente penso que esta empresa corre o risco de sofrer como outra marca estrangeira que teve a mesma linha de atuação e de repente parou de vender seus carros e não entendeu o que acontecia, teve que fazer um grande investimento para começar a se recuperar agora, passados 2 anos.

 

O que nos leva a aprender que quando formos desenhar um script ou um roteiro ou um manual de O&M temos que entender o consumidor, suas expectativas e como isso acontece na prática para então podermos preparar o treinamento para nossos funcionários, afinal em todo mundo grande parte dos diferenciais estão nos serviços incluídos no pacote que é adquirido com o produto.

Veja mais em www.caymanconsultoria.com.br