Importar Cultura?

Neste final de semana fui almoçar num restaurante e vi uma cena que me fez pensar e esta reflexão deu origem a este ensaio.

Será que nós temos condições de importar cultura?

Sim, por que nós importamos produtos, cursos, hábitos e até leis, mas precisamos também importar educação e cultura. Eu estava num restaurante aguardando uma mesa quando chegou um casal e a moça estava grávida e disse que tinha preferência pois estava grávida, ok esta é a lei que importamos dos países desenvolvidos, apenas para constar a moça grávida chegou caminhando com um salto (segundo minha esposa) agulha de 10cm.

Sairam algumas mesas e por coincidência sentamos na mesa ao lado do casal.  Escolhemos nossos pratos e quando o garçom chegou para tirar o nosso pedido ela o chamou interrompendo-o para pedir uma providência pois ela não podia esperar por que estava grávida e tinha preferência. Atordoado o garçom foi imediatamente checar o pedido da referida moça.

Assim que o garçom voltou e acabou de anotar nosso pedido o almoço transcorreu normalmente, os pratos do casal chegaram logo em seguida, e os nossos algum tempo depois. Este casal acabou de comer e ficou à mesa batendo papo e quando eu saí ainda continuavam sentados.

Será que os brasileiros estão prontos para exercer todos estes direitos? E deveres individuais de cada um? No país onde impera a lei de levar vantagem este tipo de direitos gera distorções muito grandes.

Na fila do banco aguardando para pagar uma conta no caixa eu conheci um Office-OLD, a versão moderna dos antigos office-boys, era um senhor que entrou na fila para aposentados e idosos e abriu um pacote da empresa que o caixa meia hora depois ainda não tinha acabado.

Um casal com uma criança no restaurante têm preferência para entrar e colocar a criança no chão solta andando e sujando as pessoas com suas mãos de molho de macarrão.

Uma mãe para em fila dupla aguardando o filho que esta conversando com os amigo na porta do colégio e todas as pessoas têm que aguardá-la pois ela estava indo buscar o pequeno rebento de uns 17 anos de idade que ignorava o fato de que outras pessoas têm compromissos e estavam aguardando sua mãe.

Você que está lendo pode pensar que eu sou uma pessoa amarga e ranzinza, mas na verdade eu só acho que estamos precisando importar cidadania, eu fui buscar minha filha na escola e ela não estava na porta da escola e eu dei mais uma volta no quarteirão, pois além de respeitar as pessoas da fila eu quero que minha filha aprenda a ser uma cidadã.

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